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Gosto muito de você Leaozinho

Publicado em 25/03/2024 por Charles Silva

Conto Erótico Gosto muito de você Leaozinho 2024

Este conto retrata um pouco de realidade e um pouco de desejo, vontades, fetiches e um pouco de fantasias realizadas. Algumas lembranças são de fato lembranças verdadeiras e outras são aquelas que acaba-se por ser tornar verdadeiras no universo de quem deseja contar algo.

Muito prazer, me chamo Charles!

Charles é um dos meus codinomes no universo paralelo. Sou um homem de meia idade, de pele parda, cabelos e barba grisalhos, 1,90m e um pouco acima do peso.

A vida não quis que eu nascesse herdeiro, ao contrário, apesar de ver a este mundo com as mesmas histórias de tantos brasileiros, eu tive muitas oportunidades de estudar e o que eu desejava aprender os livros e meus professores foram meus pilares. Hoje tenho uma vida profissional estável mas continuo “no corre” como se diz. Desde que me entendo por gente eu sempre admirei homens.

Acho que meu primeiro amor foi um Falcon, um boneco barbudo dos anos 80. Isso faz muito sentido: o porquê meu olhar estar em homens maduros e que usam barba. Mas o conto não é sobre mim é sobre sexo.

Estava eu naqueles dias, trabalhando muito, carente, sem tempo para me divertir, ardente de vontade de manter uma relação sexual com outro homem que me possuísse com desejo com paixão. Um tanto sonhador, eu reconheço. No universo homossexual, a maioria das vezes o sexo é casual e não há fidelidade por N questões que não cabe se deter aqui. Os romances acontecem? Sim. Mas não necessariamente como acontece no universo hétero.

Isto posto, resolvi tomar uma atitude e entrei no GrindR, um aplicativo muito mal frequentado pelos participantes e pelos bugs constantes. Criei meu perfil e não escrevi mentiras, desde a idade, a posição, o gênero, as vacinas, as tags, tudo estava lá.

Olhei alguns perfis e na verdade os perfis da região são os mais difíceis, são mais atrativos os perfis de outras cidades. Deixei on line e surge um biscoito e um boa tarde. O sorriso no canto dos lábios surgiu e aquele aplicativo tomou minha atenção. Respondi: boa tarde! E as perguntas básicas objetivas: local, o que curte, tem foto etc mas à medida que as perguntas básicas foram respondidas surgiu um diálogo e o que me chamou a atenção foi: o meu prazer é satisfazer o outro!

Não é todo dia que a gente ganha na loteria eu pensei. Trocamos somente uma imagem que insinuava nossos corpos seminus, mas as palavras educadas, a gentileza e algumas afinidades sobre o que gostaríamos de fazer me deu coragem de convidá-lo para vir a minha casa. Não costumo fazer isso ainda mais num primeiro encontro e não recomendo, mas tinha uma energia, uma vibração diferente no ar que poderia ser simplesmente o meu desejo carnal me dando uma rasteira. Pensei: quem não arrisca, não petisca!

Pensamento típico dos arianos impetuosos.

Ele me avisou da hora que terminava o expediente, então eu supunha que ele não era morador da região mas alguém independente financeiramente e com algum juízo, mais do que eu.

Aguardei uns 50 minutos e nesse ínterim tomei um banho demorado, escovei os dentes, retoquei a barba, borrifei levemente um perfume porque beijar um pescoço com perfume forte é para adolescentes, vesti uma sunga de praia e estiquei os lençóis, afinal a intenção era um momento de prazer e intimidade. Ele mandou uma mensagem que estava vindo e eu fiquei doido.

Ajeitei alguns móveis, me olhei no espelho, fui até o portão e a rua vazia. Fechei o portão e aguardei alguns minutos, olhei de novo e vinha calmamente um homem de corpo esguio, passos tranquilos e admirando o percurso.

Fiquei excitado, minhas mãos gelaram e meu bumbum se empinou. Ao chegar, ele tímido, sorriu e o conduzi para dentro. Que homem lindo! Ele era um Falcon materializado ali na minha frente! Um sorriso gentil e um olhar que me fitava de forma voraz.

Disse- lhe que ficasse à vontade mas como ficar na frente de um estranho. Ele agradeceu. Peguei na sua mão e o conduzi até o quarto, esbarrei no controle remoto que ligou a TV que estava conectada ao meu computador. Eu assistia Xvideos e tinha deixado o vídeo de uma foda entre homens. Ele viu a TV e comentou: que delícia heim! Esse foi o nosso quebra gelo.

No quarto, ainda de pé começamos a nos beijar. Ele com sua barba bem alinhada, perfume amadeirado e corpo definido. À medida que nós beijamos na boca, fomos entendendo o ritmo das línguas e deixando cada um brincar um pouquinho enquanto eu o despia de suas vestes. Entre beijos e abraços e carícias, fomos deixando nossos corpos se cruzarem e se encaixarem, ainda com nossas roupas íntimas podíamos tocar no volume que saltava das nossas cuecas enquanto nos sorvíamos da volúpia que crescia em tesão e vontade de nos possuirmos.

Tiramos todas as roupas e nos deitamos. Ele encaminhou minha cabeça para baixo até que eu tomasse com meus lábios sua pica duríssima que latejava até o seu umbigo. Ele sentia ondas de calor e tesão quando engoli seu membro. Apesar de não conseguir engolir todo eu sentia seu falo pulsando nos meus lábios que foi preenchido com dificuldade em toda circunferência pelos meus lábios pequenos. Lentamente ele me puxou pelo braço e entendi que era um convite para fazermos um 69.

Ele por baixo e eu por cima. Sua língua umideceu meu ânus e meus pelos, várias vezes perdi o ar e a concentração no sexo oral. Meu parceiro eventual do GrindR tornara-se um amante viril e sutilmente dominador.

Ele me conduziu a manter dentro da minha boca o seu delicioso pênis enquanto me comia com a sua boca e língua quentes. Eu busquei dar o trato naquele membro da mesma forma que gosto de receber. Lambi os testículos meticulosamente desenhados naquele par de pernas com coxa e panturrilha que se delineavam na luz. Sem muitas palavras, ele só acenou que sim e eu acatei aquele gesto. Eu aponto para uma gaveta, ele abre e encontra gel e preservativo.Ele me entrega e eu um pouco ansioso cubro seu pênis com a camisinha até a metade, ele termina por desenrolar o preservativo que precisa ser esticado pois seu pênis enrijecido a ponto de parecer não dar para encaixar. Ele me colocou de quatro. Pelo espelho do armário eu vejo cada movimento. Ele se põe de pé atrás de mim, me lubrifica e lentamente, com cuidado mas atento, introduz seu sexo em mim.

Sim! Doeu sim!

Eu não acreditava que aquele membro seria possível estar dentro do meu corpo, mas ele vendo a dificuldade, sussurrou que eu relaxasse, abriu um pouco mais minhas nádegas e permitiu que seu sexo ficasse todo dentro de mim até a base do preservativo.

Nos olhamos no espelho e apesar de sentir minhas entranhas coroando, aquela cena dos nossos corpos nus, unidos pelos nossos sexos ardentes me deixou excitado e instintivamente eu comecei o movimento de vai e vem. Meu desejo se transformava em ondas de calor que percorriam meus poros que se misturavam com a energia daquele homem até então desconhecido e que se esforçava para me abraçar. O espelho se tornou nossa câmera, nossa testemunha e nosso instrumento de voyeurismo.

Enquanto ele empurrava seu mastro em movimentos que se tornavam ritmados, nós nos olhavamos atentos em casa detalhe que nossos corpos produziam para oferecer e receber prazer. Ele me empurrou um pouco mais para frente e eu inclinei meu corpo todo para baixo. Ele subiu na cama e continuou me penetrando, jogando seu corpo e seu peso sobre o meu, eu sentia sua voracidade e admirava seus pêlos pelo espelho. Fitamo-nos nossos corpos que na cadência do ato sexual, se comunicavam sem palavras, nos tornamos um sobre o leito de amor e apesar das poucas palavras trocadas houve uma química comum: o desejo de fuder como tigres selvagens como se o amanhã não existisse.

O tempo parou por alguns momentos, ofegante eu subi meu corpo e ele me cobriu de beijos e abraços.

Nós éramos dois homens que desejavamos oferecer prazer e no auge do prazer a intenção se traduzia nas ondas de frenesi que se expressavam nos beijos, nos apertos das mãos, das novas que saboreavam as línguas e dos relâmpagos e fagulhas que nossos corpos produziam.

Não havia mais dor, só prazer e o tesão que nos inundava. Tivemos nosso primeiro contato carnal sem cobranças de corpos perfeitos, sem querer o sentimento egoísta de satisfação única, nos conectamos pelo desejo de ser, não de ter. A essa altura os movimentos deram lugar para nossos corpos ficarem úmidos de suor e começar a exalar pelo quarto o perfume dos nossos corpos, os beijos ficaram mais rápidos e percebi que ele já entrava em mim com mais velocidade.

Repousei meu corpo na cama e ele se encaixou de novo em minhas pernas e voltou a me comer. Essa posição me proporcionou algo indescritível, eu perdi o fôlego porque seu membro estava tocando minha próstata. Tentei afastar seu pênis por um momento com minhas mãos, mas ele prendeu meus braços e ali ele me possuiu com avidez. Imobilizado eu apenas engoli aquele falo que me fodia com gosto. Eu estava irradiando ondas de prazer porque aquele homem tinha encontrado a posição perfeita.

Ele percebeu que estava gostoso e também aumentou os movimentos de penetração até que nossos corpos extasiados começaram a liberar nossos fluídos seminais. Ele gozou no preservativo e pausou para recompor o fôlego, eu estava úmido e graciosamente deflorado. Ele se retirou de dentro de mim e como cúmplices retiramos o preservativo e descartamos no lixo do banheiro. Nós olhamos, beijamo-nos e eu perguntei se ele costumava comer os outros sem saber o nome, ele sorriu e se atentou que não tínhamos trocado nossos nomes. Caetano, ele se apresentou.

Fiquei admirando aquele homem menino que brincou com meu corpo como uma criança que ganha um novo brinquedo mas com a segurança de um homem que sabe o que queria fazer com outro homem. Nós deitamos nus, trocamos olhares e falamos de como foi gostoso estar ali. Acariciei seu peito peludo e mordiscava seus mamilos enquanto conversávamos. Caetano! Que homem! Que deus grego era aquele que me dava seu colo? Caetano brincava com minha barba e meus mamilos também e entre beijinhos e carícias fizemos nossas apresentações.

Falamos quem éramos, onde morávamos e, timidamente, do que tínhamos experimentado instantes atrás. Esse papo e as carícias renderam-lhe uma nova ereção. Caetano começou a ser masturbar e eu comecei a chupá-lo. Ele me posicionou delicadamente e começou a penetrar seu membro novamente entumecido na minha boca. Ele forçou começar mais fundo e eu me engasguei. Ele retirou e disse-me que quando estivesse todos dentro, que eu relaxasse e respirasse pelo nariz.

Obedeci e voltamos a deixar que nossos corpos comandassem o ritmo. Ele forçou entrar algumas vezes e eu me engasguei um pouco mas confiei e consegui engolir todo o seu membro. Caetano estava excitado por ver seu falo todo na minha boca. Minha garganta aumentou a espessura com o volume que me preenchia e eu respirei com dificuldade mas tinha conseguido realizar um sonho. Caetano retirou sem pau da minha garganta e olhando nos olhos fizemos nosso primeiro sexo oral. Seu pênis lambuzado de baba deixava escorrer sobre minha barba e pelo meu tórax. Caetano me sentiu e encostou seu corpo em meu rosto, começou a ser masturbar.

O balançar do seu corpo anunciava o segundo orgasmo que veio em jatos, eu abri minha boca para colher seu sêmen que repousou também no rosto. Não deixei que nada fosse desperdiçado e lambi seus pentelhos, seu membro e as gotas de porra do meu rosto ele colheu com os dedos e brincou com meus lábios. Que gosto delicioso de porra na minha boca e do falo ainda resistente de tesão e desejo. Pedi que ele se deitasse e silenciosamente nos enamoramos através de carícias e toques. Já menos ofegante, convidei-o para tomar um banho; peguei-o pelas mãos e o conduzi até o chuveiro.

Meu banheiro tem uma vista belíssima para o campo verdejante que fica nos fundos da casa. A água morna na temperatura ideal nos acolhia e ali, de pé, ficamos abraçados, sem muitas palavras. Ele encostou seu lado esquerdo no meu lado esquerdo e selamos ali uma amizade com o pulsar dos nossos corações. Eu me entreguei a ele e ele a mim. A natureza era nossa testemunha e abençoou o nosso desejo de compartilharmos prazer. Caetano se aproximou e abraçados, deixamos nossos corpos nus manifestarem os nossos desejos mais secretos.

Ali, sem penetração, fizemos amor.

Debaixo do chuveiro, percebemos que nos conexão estava além do sexo carnal, ali sobre o arrebol confidenciamos que era a primeira vez que experimentávamos algo daquele tipo: a incredulidade de um aplicativo, a expectativa, o encontro, a volúpia dos corpos sedentos, os fluídos, o cheiro que nos embriagava e a nossa admiração pelas coisas simples da vida. Peguei uma toalha e sequei seu rosto, ele sorriu e fez comigo o mesmo. Pactuamos um começo de felicidade com as águas e compreendemos que o que havíamos experimentado era sublime demais para ter explicações.

As estrelas despontavam. Já era noite e meu leãozinho como na música de Caetano Veloso precisava partir. Apesar de tão pouco tempo o nosso primeiro encontro eu senti um aperto vê-lo vestir seu jeans e seu calçado marrom. Caetano sorriu e eu compreendi que era hora de partir.

Ele pediu meu número e trocamos nossos contatos. Isso me deixou alerta. Caetano me encheu de esperança e deixou um mim uma paixão madura, segura, intensa porém serena que poderíamos nos reencontrar.

Caetano, meu tigre, meu leãozinho, meu urso, meu Falcon, meu homem que se despediu prometendo voltar.

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